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35 ANOS JEEP CLUBE DE SOROCABA 04/04
04/04/2025
Texto 1 - LEDAH
Aniversário 35 anos do Jeep Clube
de Sorocaba.
Comemorado no dia do JIPEIRO, no dia do 4x4, em 04/Abril/2025.
E pensar que quando tudo isso começou, eu sonhava em fazer parte dessa turma.
Vou colocar aqui o meu ponto de vista sobre o que acompanhei da vida do jeep clube, tanto do lado de fora, quando eu nem jeep tinha, e achava que jamais teria um para poder fazer parte disso tudo, e do depois, que eu consegui realizar o sonho de ter um jeep.
Como toda empresa, o Torque Quatro a princípio, era apenas um grupo de jovens aventureiros, que buscavam aventuras no meio do mato, com seus Willys. E essa paixão foi tomando forma, e juntando mais apaixonados, e muitas aventuras, e quebra de Willys depois, houve a necessidade de abrir uma empresa, com CNPJ, para poder efetuar o RAID, hoje conhecido como Rally de Regularidade em 1990.
Foram dois anos na reunião de amigos, e só então, com o CNPJ, começa a contagem do que hoje totaliza 35 anos.
Na época que eu sei de organizadores, eram o Alan e sua esposa Rose, o Romano, Tonche, e obvio que haviam mais pessoas, mas eu acompanhava esse trabalho, por conta de trabalhar junto com a Rose, esposa do Alan, então me perdoem os outros organizadores, por não saber e citar o nome de vocês.
E a regra era assim, a saída do carro número 1, acontecia às 0:00, e a cada um minuto, outro carro era liberado, até que todos estivessem em movimento. E por que essa saída acontecia nesse horário? Quem começou essa modalidade aqui no Brasil, era de São Paulo, e para evitar o trânsito de São Paulo, que sempre foi difícil, optaram por ter a saída dos carros nesse horário.
Enfim, eu lembro que eu fui no local de saída, que na época era no estacionamento da rodoviária de Sorocaba. Eu nunca tinha visto, tantos carros coloridos e preparados na minha vida. Era de encher os olhos, e o coração, de tanta beleza, e era praticamente palpável a emoção que esses corajosos pilotos viveriam nessa experiência que se iniciava em Sorocaba. Isso foi em Agosto/1991.
Eu, na época, só sonhava em participar, e nem sabia como, não tinha Willys... E só podia olhar.
O famoso “ver com os olhos, e lamber com a testa”, se alguém conhece essa expressão, perfeito, senão aprendeu mais uma. Acabou que fui embora, naquele dia.
No dia seguinte, no trabalho, a Rose, veio falando para mim, que tinha conseguido uma vaga de "Zequinha", num carro para eu poder ir, me procurou, mas não me encontrou.
E a clássica pergunta, Zequinha? O que é Zequinha? E a resposta, é a pessoa que vai acompanhando o motorista. Só que não é apenas isso, o Zequinha, é a pessoa, que numa situação do carro atolar, vai descer do carro, amarrar o cabo do guincho numa árvore e ajudar a puxar, ou vai pegar a pá, e cavar o caminho, para desatolar o veículo, ou ainda, vai carregar algumas pedras ou troncos, para auxiliar o carro a vencer o obstáculo, cuidar das planilhas no caso dos " raids".
Zequinha, é a pessoa, que vai se sujar de lama, e que será o braço direito e esquerdo do motorista, fora e dentro do carro.
E eu só pensei, ainda bem, que ela não me encontrou, afinal zequinha, com salto alto, não funciona, e era o que eu usava naquele dia.
E eu vibrava a cada aventura que a Rose, me contava... E só podia sonhar.
O tempo passou, e passou.
Muita coisa mudou, os carros melhoraram, e enfim chegou o meu momento, de dizer vou comprar meu jeep. E que dor no bolso, foi pagar o primeiro jeep, que na época em 2016, foi um Troller Amarelo, 2001, que eu batizei de RaioVac, pois ele que me renovou a vida.
Quero aproveitar e homenagear o saudoso Luis, da Alug Andaimes, de Sorocaba, pois foi ele quem me vendeu o carro, e minha condição para efetuar a compra, era ele me colocar em contato com as pessoas, que faziam isso. E então, ele me passou o contato da Rosangela, e do Tonche.
Eu tinha perdido o contato com a Rosangela, já tinha muito tempo, e conversando com ela, apareceu a oportunidade de ir para o Jalapão, Pantanal, e outras viagens mais próximas, pelo estado de São Paulo e também Minas Gerais.
Pois é, como são as coisa, minha primeiríssima viagem dirigindo o RaioVac, foi para o Jalapão, no Tocantins. Foi difícil controlar o rádio de comunicação... além do resto que envolve dirigir qualquer veículo. Quantas vezes, eu achava que estava falando no rádio e estava falando sozinha, pois esquecia de apertar o mike... Deixe para lá.
Então fui num passei com o Jeep Clube, no parque do Zizo... Esse passeio ficou para história... inclusive porque eu fui caminhando para ver a cachoeira, linda e gelada cachoeira, e depois tinha uma subida... e que subida ... e eu não tinha fôlego para encarar essa subida, e quem cuidou de mim? Ferpa, que até segurou minha sacolinha, com toalha... Ficou gravado na minha história, pois eu me sentia muito mal, de não ter fôlego para encarar aquela subida... Que vergonha! Até que enfim, se fez luz do sol, e venci a subida... Chegando nesse alto, me sentindo sei lá, fui pegar a sacolinha, e caio no chão, encaixando numa valeta de chuva...
Na mesma hora que eu caio, eu levanto... E passeio que segue, com muita risada...
Então precisei trocar de carro, sim, eu vendi o RaioVac, que foi um divisor de água na minha vida, e passei para uma Xterra, a Jubart.
Vários outros passeios, fora ainda do Jeep Clube, e eis que numa conversa com Gutierrez, ele me sugere de me associar. E eu claro, mandei um email, para seguir o protocolo, e fiquei sócia.
E num certo jantar da sede, eu fui com meu sobrinho, e percebi que eu era a única mulher associada, que participava dessa reunião. Naquele dia foi estranho. Eu não conhecia ninguém, e até hoje, não sei o nome de muita gente, e dou muitos foras, mas já estou acostumada com meus foras...
E passou outro ano, e estou no meu terceiro ano de associada oficialmente. Por muitas vezes, eu tenho vontade de ir no jantar da sede, mas muitas vezes fiquei apreensiva, de ir, por ser sim a única mulher presente naquele evento semanal.
Neste ano, 2025, eu decidi que minha vida vai mudar mais ainda, e comecei a ir ajudar na cozinha da sede, e a partir de então, estou mais próxima desse pessoal que não deixa ninguém para trás, e que tem a solidariedade como princípio de vida, bem como a transparência em tudo o que fazem.
Hoje, na comemoração de 35 anos do jeep clube de Sorocaba, eu realmente me sinto fazendo parte desse grupo, e assim como respeito todos eles, e suas respectivas esposas, percebo que eles também me respeitam, e agora eu me sinto mais à vontade para estar entre eles.
Bobagem ou não, mas lá no fundo, eu sempre me preocupei com isso. Ainda bem que sempre é tempo de recomeçar, e recomeçar.
Então, eu também consigo recomeçar, com outro sonho, meu segundo Troller, agora vermelho.
Percebo que, no meu entorno, sou uma das única mulheres que dirige um 4x4, e digo para as outras mulheres, vamos dirigir esse monstrinho de carro, pois dirigir por si só já significa independência, liberdade, e faz bem para a alma.
Dirigir um 4x4, e conseguir chegar em lugares remotos, e exclusivos, não tem como descrever.
Fazer parte da festa de 35 anos, usando a camisa oficial do grupo, uau... muito além do que jamais poderia imaginar, e o melhor?
Isso é só o começo.
Parabéns, Jeep Clube Torque Quatro de Sorocaba, por toda ajuda, apoio, e prontidão que vocês representam para a cidade, e contem sempre comigo.
Sou mulher, sou jipeira, levo
comigo os princípios de ser jipeiro, e tenho amigos com quem posso contar
sempre.
E no final da festa, um amigo, o
Junior Fotovoltaica, me passa um texto, que ele teve a inspiração de escrever e
o qual vou colocar aqui também, pois também fiz questão de fazer uma postagem
dele no instagram, no dia 4/4.
Texto 2 Júnior FOTOVOTAÍCA
Para muitos, ser Jipeiro não faz o
menor sentido, mas os que são, dizem que todos os seus sentidos são revelados
em uma trilha!
Busquei explicação nos primórdios
da vida humana!
A Bíblia diz que o homem foi
moldado por Deus a partir do barro e a mulher da costela do homem, significando
que não seria mais, nem menos que o homem, mas a companheira para caminhar ao
seu lado!
O barro é a origem de todos nós, e
para lá vamos todas as vezes que queremos nos encontrar, como criaturas no
paraíso reverenciando o Criador.
Somos muitos, e unidos somos
Jipeiros!
Amigos que dividem juntos os
desafios das trilhas da vida!
Amigos que te rebocam no momentos
que já acabaram todas suas forças!
Amigos que te fazem acreditar que
vc seguirá sempre em frente!
Amigos que dividem sua água,
comida, e combustível necessários, para
que vc não fique sozinho pelo caminho!
Amigos que irão te acompanhar até
que o Criador te chame para trilha eterna!
O que significa Torque?
Torque é a capacidade de realizar
um esforço, ou de gerar energia!
Hoje comemoramos 35 anos do Torque 4 em Sorocaba, na certeza que virão muitos anos, e jamais faltará a amizade, o companheirismo, a fidelidade necessária para que outros possam desfrutar, conhecer e contemplar, as belezas deste mundo, verdadeiros paraísos, criados por Deus para todos os Jipeiros e Jipeiras, que retornando às suas origens, encontram no barro a razão da sua existência!
Para saber o que vale a pensa na vida de um jipeiro, só experimentando o companheirismo, o chegar onde outros não vão, experimentar a exclusividade e ousadia, de abrir novos caminhos, e acampar no meio do mato, levando tudo que se vai consumir, e não deixando rastro nenhum de que se passou por ali, exceto, as marcas de pneu.
Alguns vão dizer, “credo tem que carregar a casa”, “não tem conforto nenhum”.
E você percebe que o conforto, está na companhia, e nas risadas compartilhadas ao vivo e à cores, no meio de cada mata, descoberta.
Obrigada ao Torque Quatro.
A festa, claro, já ia pulando a festa...
Quanta gente bonita e muito bem arrumada para participar dessa festa, que já tem a marca do jeep clube, como bom gosto, fartura, e companheirismo. Música boa, através da diferenciada banda Midnight, champagne, num evento fechado no restaurante Santa Vitória.
Veja as fotos, e confira.
Para as mulheres, que precisam de muita paciência, para ouvir falar tanto de carro, e passeio, houve um ramalhete de flores, e o reconhecimento de cada marido presente, da importância de cada uma delas, na vida.
O meu ramalhete, está lindíssimo até este momento.
O clube, começou quando todos eram adolescentes, e hoje, muitos já avós, reconhecem a vida, e a importância de fazer parte disso tudo, como mola propulsora da vida.
Obrigado família Torque Quatro, e todos os envolvidos em sua jornada de 35 anos, tanto associados, quando diretoria. Vocês fazem um mundo melhor.
https://cinthiagambaro.smugmug.com/35-anos-Torque-4-Sorocaba